Foi um sonho
confortável. De segunda mão. Mas serviu direitinho.
Pegou um
sonho num canto da cama. Não viu que era um pesadelo.
A aldeia era
um amontoado de casinhas minúsculas com uma pobreza maiúscula.
As palavras
escorregam pelo texto. Tento segurar, mas perco o equilíbrio. Nem toda Maria
faz poesia.
Não tenho poltronas confortáveis na casa da minha escrita. E
nem paredes. E as portas dos armários não se fecham com tantas palavras. Um dia
eu arrumo tudo e faço um livro.
A esperança veio a reboque daquele amor de outono. Peguei
carona, atravessei o inverno. Se a primavera chegar, vocês verão.
Não era amor. Apenas amostra grátis de paixão mal resolvida.
Na beiradinha do livro, tento pescar uma palavra ou outra.
Não consigo. São palavras sem eira nem beira.
Maria Solange Amado Ladeira
- 25/11/2014
Sol,
ResponderExcluirum belo espaço virtual concreto e rela.
Vou curtir demais.
Obrigada, espero que continue me prestigiando.
Excluir